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Águas-vivas já estão presentes no litoral Norte
Por Redação Tupancy
Publicado em 23/12/2025 08:41
Litoral Norte
Foto: Divulgação

As temidas águas-vivas já estão presentes no mar do litoral Norte. Banhistas de Imbé e Tramandaí tiveram contato com o animal. Na tarde deste sábado, 20 de dezembro, diversos surfistas relataram contatos com águas-vivas.

No verão passado, segundos dados do Corpo de Bombeiros Militar do RS, foram registrados quase 100 mil casos de queimaduras por águas-vivas no litoral gaúcho, sendo a maioria no litoral Norte.

Uma das principais causas para maior aparecimento crescente de águas-vivas no litoral gaúcho se dá pelos ventos e pela temperatura da água que chega a cerca de 26 graus no verão. Mares com águas claras, calmas e poucas correntes na costa podem receber maior quantidade de águas-vivas.

Crianças e surfistas são as populações geralmente mais afetadas, por permanecerem mais tempo na água. No verão, a temperatura do mar do Rio Grande do Sul está um pouco mais aquecida o que favorece a proliferação do fitoplâncton (alimento destes animais) e possibilita também a reprodução destes cnidários.

Esses animais são importantes para a configuração do cenário de vida marinha e terrestre, pois são predadoras de espécies planctônicas e de pequenos peixes. Por outro lado, servem de alimento para tartarugas marinhas.

A água-viva, na verdade, não causa queimaduras, mas quando seus tentáculos tocam a pele, é liberado um líquido tóxico urticante, causando a falsa sensação de queimadura.

A orientação da área técnica da Secretaria Estadual da Saúde é que o primeiro atendimento realizado pelo salva-vidas na praia já é o suficiente para esses casos. Lavar o local atingido com água do mar (não lavar com água doce), remover suavemente os tentáculos aderidos na pele, (não esfregar o local). Também é recomendável banhos e compressas com vinagre, aplicação de bolsas de gelo em gel, restringir o movimento da área afetada, acalmar a vítima e, se necessário, procurar auxílio médico. Não devem ser aplicadas substâncias sem indicação médica nem pisar ou manipular animais mortos na beira da praia, pois eles ainda podem causar acidentes.

Durante o veraneio, os guarda-vidas dispõem de vinagre nas guaritas e quando há uma grande quantidade de águas-vivas no mar há alerta com bandeiras roxas nas guaritas e nas proximidades da água. Até o final da tarde deste domingo, 21 de dezembro, não havia informações oficiais do Corpo de Bombeiros sobre casos com águas-vivas. Estes dados devem ser divulgados junto com as estatiscas de salvamentos.

No litoral gaúcho, as águas-vivas mais comuns incluem a Olindias sambaquiensis (reloginho, com queimaduras), Physalia physalis (caravela portuguesa, perigosa), Lychnorhiza lucerna (medusa-mármore, grande e inofensiva), além das pequenas Porpita e Velella, que não causam problemas, e a espécie local choco, que se desenvolve na região e é inofensiva para humanos, mas importante para o ecossistema. 

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